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QUEIMADAS

Queimadas provocam 352 interrupções de energia nas regiões de Franca e Ribeirão Preto

Redação Portal de Franca
14/07/2020 11:37

O tempo seco característico do início do inverno brasileiro traz uma preocupação adicional para distribuidoras e transmissoras de energia elétrica: o risco de incêndio em terrenos baldios ou áreas rurais sob as redes de distribuição e transmissão.

Um levantamento feito pelo Centro de Operações da CPFL Paulista mostra que na região de Ribeirão Preto e Franca, entre 1º de janeiro a 15 de junho deste ano, foram contabilizadas 352 queimadas responsáveis por interrupções no fornecimento de energia, cerca de 65 por mês. Em 2019, as queimadas resultaram em 898 ocorrências de interrupção no fornecimento de energia, 21,1% a mais que as 741 de 2018.

“É importante a conscientização da população e dos produtores agrícolas, pois os incêndios sob a rede de distribuição de energia são, muitas vezes, causados pelo uso do fogo como método de poda de algumas plantações. O impacto das queimadas é maior ainda quando acontecem sob as linhas de transmissão, responsáveis pelo abastecimento de regiões inteiras”, alerta Rodrigo de Vasconcelos Bianchi, gerente de Operações de Campo, da CPFL Paulista.

Entre os municípios com mais interrupções na região de Ribeirão Preto, a própria cidade de Ribeirão registrou 111 ocorrências, ficando em primeiro lugar. Barretos ocupa a segunda posição com 44 casos. Monte Alto aparece no terceiro lugar com 26 registros enquanto Colina, com 16, e Olímpia, com 13, fecham o ranking.

Entre os municípios com mais interrupções na região de Franca, a própria cidade de Franca registrou 38 ocorrências, ficando em primeiro lugar. Batatais ocupa a segunda posição com 15 casos. Miguelópolis é o terceiro da lista com cinco registros enquanto Cristais Paulista, Igarapava e Ituverava, com três, fecham o ranking.

Geral

Entre janeiro e junho de 2020, a CPFL Paulista já registrou 1.474 queimadas que afetaram a rede elétrica em toda a sua área de atuação. Considerando 2019, as interrupções desse tipo cresceram 21,3% em relação a 2018. Foram 3.276 ocorrências no ano passado contra 2.700 no ano anterior.

De acordo com o estudo da distribuidora, que atende 4,6 milhões de consumidores em 234 municípios do interior paulista, em 2020, até o momento, Campinas lidera o ranking geral de queimadas, totalizando 160 ocorrências. Em segundo lugar vem Ribeirão Preto, com 111 casos e, na sequência, Bauru, com 102 registros (para mais detalhes, confira a tabela abaixo).

Guardião da Vida

Considerando o impacto do assunto para a população, seja na segurança, seja na qualidade do fornecimento de energia, o grupo CPFL Energia, por meio da campanha Guardião da Vida, incentiva a discussão sobre o tema, a fim de promover uma reflexão sobre as atitudes que poderiam ser evitadas, reduzindo transtornos e até salvando vidas.

Na estiagem, a pouca umidade, a vegetação baixa e os ventos fortes são fatores que podem provocar incêndios. Além disso, até mesmo uma queimada mal controlada para atividades agrícolas também pode colocar em risco o fornecimento de energia, atingindo os cabos elétricos, desligando a rede e provocando prejuízos para os todos, além de danos ao meio ambiente e à segurança da população.

O calor do fogo, mesmo quando não atinge diretamente os cabos elétricos, junto da fuligem levada pelo vento e grandes volumes de fumaça, também pode provocar curtos-circuitos ou rompimento de cabos, interrompendo o abastecimento de cidades inteiras. O ar quente gerado pode criar um campo ionizado, propiciando o fechamento de arcos elétricos* que desligam as linhas de eletricidade.

Por isso, a CPFL Paulista dá algumas dicas para o convívio adequado entre rede elétrica e queimadas:

- Não realize queimadas em áreas próximas às redes elétricas.

- Faça “aceiros” para controlar o fogo.

- Respeite a “faixa de servidão” ao realizar o plantio.

- Não solte balões. Além de ser proibido por lei, o balão provoca incêndios.

- Não jogue pontas de cigarro acesas nas matas ou em acostamentos das rodovias. Muitos incêndios surgem desse ato.

- Ao identificar um foco de incêndio, avise a Guarda Florestal e o Corpo de Bombeiros. Se for às margens de uma rodovia, ou próximo de uma rede elétrica avise também a concessionária ou órgão estadual responsável.

Foto: Reprodução