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Esquema vacinal dos idosos deve incluir a vacina contra o Herpes-zóster

Redação Portal de Franca
13/03/2023 08:34

Até poucos anos, quando a vacina “varicela” não estava disponível, as pessoas tinham a doença e, após a cura da infecção, mantinham o vírus contido pelo sistema imunológico. Ocorre que, com o passar dos anos, principalmente após os 50 anos, as pessoas que tiveram catapora quando pequenas podem vir a sofrer com uma reativação do vírus desenvolvendo o Herpes-zóster. Trata-se de uma manifestação tardia do mesmo vírus causador da catapora, também conhecida como varicela.

No entanto, com a vacina recombinante e inativada, que apresenta 90% de eficácia e é aplicada em duas doses, é possível evitar a doença. Além de inativada, a vacina é chamada de recombinante porque a proteína do vírus é produzida em laboratório em uma linhagem de células.

O imunizante é indicado para pessoas com mais de 50 anos e para aquelas com mais de 18 anos que possuem um risco aumentado para desenvolver o Herpes-zóster. A novidade é que pessoas acima de 50 anos e imunossuprimidos não precisam apresentar pedido médico para tomar a vacina nas unidades do Alta Diagnósticos.

Sobre o vírus

O vírus da catapora, cujo nome é varicela zóster, fica contido pelo sistema imunológico desde a época em que a pessoa teve a doença até o final da vida. "Com o passar dos anos e o envelhecimento dos indivíduos, a reativação desse vírus pode acontecer em cerca de uma em cada três pessoas. Isso se dá porque o sistema imunológico não consegue mais conter a replicação do vírus e a pessoa apresenta lesões, muitas vezes no tronco, mas também na face.

O zóster, como chamamos, é pruriginoso, ou seja, provoca coceira, irritação e pode causar dor durante um período”, destaca a dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, médica infectologista consultora em vacinas do Alta Diagnósticos, marca pertencente à Dasa, maior rede integrada de saúde do Brasil.

Dois tipos diferentes de vacinas

Como prevenção à reativação do vírus varicela zóster, existem atualmente dois imunizantes: uma vacina viva atenuada e que está indicada para pessoas acima de 50 anos, quando justamente o sistema imunológico passa a diminuir a sua capacidade de conter a replicação do vírus. Essa vacina tem eficácia de 50%, ou seja, ela reduz pela metade a chance de a pessoa ter zóster. Apesar disso, a vacina viva atenuada vai ser descontinuada - ainda há algumas doses nas unidades, mas elas não deverão ser repostas.

Já a segunda vacina, apresentada há alguns meses ao mercado brasileiro e disponível nos laboratórios da Dasa, é recombinante e inativada. "A segurança dessa vacina foi extensamente estudada e a taxa de eficácia chega a 90%, o que proporciona um benefício para a população”, afirma a dra. Maria Isabel.

Segundo a especialista, é fundamental saber que há dois tipos de vacina disponíveis: a primeira, com uma dose só e eficácia de 50%; e outra com esquema de duas doses, com eficácia maior. "Não há recomendação de se repetir o esquema vacinal, ou seja, uma dose, se for a vacina viva atenuada, ou duas doses se for a vacina inativada. Entretanto, quem tomou anteriormente a vacina zóster viva atenuada e quiser se beneficiar de uma eficácia maior da vacina zóster recombinante, pode realizar uma nova vacinação, desde com intervalo de pelo menos 2 meses após receber a vacina viva atenuada”, explica a especialista.

A vacina que é inativada está disponível também para pessoas imunossuprimidas. Nesse caso, a vacina é recomendada para pessoas acima de 18 anos, pois os imunossuprimidos podem ter o zóster mais precocemente", esclarece.

Importante que o médico prescritor descreva qual tipo de vacina é indicado para o paciente. “De toda forma, em nossas unidades de vacinação, temos um time capacitado para esclarecer dúvidas e explicar a diferença entre os dois tipos de imunizante. Mas é importante que as pessoas saibam que são vacinas diferentes, com eficácias diferentes e com esquemas vacinais diferentes", orienta.

A vacina viva atenuada está indicada para pessoas acima de 50 anos. Ela é contraindicada para pessoas que estão em condição de imunossupressão, pois é uma vacina viva que precisa de um sistema imunológico capaz de conter a replicação do vírus. "Já a vacina inativada, está disponível para quem tem condições de imunossupressão e 18 anos de idade ou mais, o que é bom porque essas pessoas têm uma chance maior de desenvolver zóster”, esclarece a dra. Maria Isabel.

O imunizante está disponível nas unidades do Alta Diagnósticos presentes em São Paulo e no Rio de Janeiro, bem como por meio do atendimento domiciliar ou móvel, o Saúde Até Você.

Campanha educacional 

Com o objetivo de conscientizar às pessoas e ajudar na prevenção da doença, o Alta Diagnósticos está promovendo uma campanha educacional sobre o Herpes-zóster dentro de 8 de suas unidades, são elas: Alta Jardins, Parque Ibirapuera, Vila Olímpia, Higienópolis, Panamby, Alto de Pinheiros em São Paulo; Leblon e Vogue Square no Rio de Janeiro.

Além de profissionais capacitados disponíveis para orientar a respeito da doença, o Alta também está disponibilizando materiais impressos em forma de tag para retrovisores de carros e em papel semente, para potencializar o entendimento sobre o vírus, a nova vacina, seus benefícios e a importância de se vacinar.

Foto: Reprodução