Em 2023, as ondas de calor levaram a um aumento de 16,3% nas vendas de sorvete em relação ao ano anterior, segundo dados da Scanntech, plataforma de inteligência de dados para a indústria e o varejo.

Esse crescimento continuou em 2024. No período de janeiro a agosto, as vendas cresceram 4% em comparação ao mesmo período de 2022, impulsionadas pelas altas temperaturas registradas em março, maio e junho. 

Esse aumento nas vendas reflete o hábito dos brasileiros que, em média, consomem 9,1 litros de sorvete por ano, de acordo com a Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis.

O sorvete de massa é o mais popular, representando 73,47% das vendas, seguido por picolés (13,20%) e soft (10,93%). Em média, cada pessoa consome 3,19 litros de picolé por ano, o que equivale a cerca de 45 unidades.

Embora o consumo de sorvete seja fortemente influenciado pelo clima, a popularidade desse produto não é uma tendência recente. Com mais de dois mil anos de história, a sobremesa teve sua origem na China, onde era preparada com leite e arroz congelado.

Com o tempo, o produto se espalhou por diversas culturas, como a Pérsia, onde era feito com frutas e especiarias. Na Itália, o método de congelamento com sal e gelo tornou o sorvete mais acessível e popular, ajudando a disseminar o produto para o mundo inteiro.

Hoje, com o aumento no consumo, as preferências dos consumidores estão mudando. Eles estão cada vez mais exigentes, buscando produtos, inclusive sorvetes, que sejam fabricados de maneira mais sustentável.

“Para atender a essa demanda, os fabricantes estão buscando alternativas que reduzam o uso excessivo de energia, o que ajuda a evitar o esgotamento dos recursos naturais. As indústrias estão adotando motores elétricos mais eficientes, como os de rendimento IR3 (Premium), que têm carcaça de alumínio para melhorar a dissipação de calor e reduzir o peso dos equipamentos”, explica Drauzio Menezes, diretor da Hercules Motores Elétricos, especializada em motores para diferentes setores.

Essas tecnologias modernas e eficientes abrem novas oportunidades para os empreendedores, que podem oferecer produtos mais alinhados com a sustentabilidade.

“Algumas empresas de sorvete já trocaram o sistema de transmissão mecânica por um conjunto eletrônico (motor e inversor), o que torna os equipamentos ainda mais eficientes”, acrescenta Menezes. Dessa forma, a indústria alimentícia está investindo em inovações tecnológicas que aceleram a produção sem causar danos ao meio ambiente.

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