A Santa Casa de Franca emitiu na tarde desta sexta-feira (3) um comunicado oficial onde volta a cobrar os repasses de verbas públicas da Prefeitura e do Estado para o combate ao coronavírus (Covid-19). 

No documento a instituição alega que até o momento não recebeu nenhum repasse para atendimento de pacientes contra o coronavírus.

Ainda de acordo com o Grupo Hospitalar que é responsável pela Santa Casa de Franca, Hospital do Coração e Hospital do Câncer as adequações com a instalação de 24 leitos clínicos, 17 leitos de UTI adulto e 05 leitos de UTI infantil foram feitas com recursos próprios. 

A direção alega ainda que "até o momento, mesmo com todas essas mudanças realizadas, bem como ampliação do corpo de colaboradores e aumento do corpo clínico para o enfretamento à pandemia, o Poder Público não efetivou os repasses financeiros necessários, sendo que os custos estão sendo suportados pela própria instituição". 

Além das dificuldades enfrentadas para manter a estrutura, o grupo alerta que "a região de Franca possui o menor número de leitos de UTI para atendimento à população, e isto vem interferindo na rotina da cidade, inclusive com a classificação pelo Estado de São Paulo como fase vermelha, prejudicando o comércio e a população de forma geral". 

Veja a nota na íntegra

O Grupo Hospitalar Santa Casa de Franca é composto pelo Hospital Geral, Maternidade, Hospital do Coração e Hospital do Câncer - sendo o hospital de referência terciária do SUS em toda a região, atendendo 22 municípios do DRS VIII, principalmente Franca, o que engloba uma população estimada em 750 mil habitantes, especialmente usuária do SUS, representando aproximadamente 95% de sua capacidade.

Em função da pandemia, mantendo sua tradição de auxílio à população, o Grupo Santa Casa de Franca realizou uma série de adequações em suas instalações, construindo 24 leitos clínicos, 17 leitos de UTI adulto e 05 leitos de UTI infantil - tudo para atendimento dos casos de Covid-19; e isto vem ocorrendo, sem qualquer disponibilização de verbas públicas, ou seja, a instituição está realizando o atendimento e ainda aguarda a liberação dos valores pelo Poder Público.

No entanto, até o momento, mesmo com todas essas mudanças realizadas, bem como ampliação do corpo de colaboradores e aumento do corpo clínico para o enfretamento à pandemia, o Poder Público não efetivou os repasses financeiros necessários, sendo que os custos estão sendo suportados pela própria instituição.

Conforme amplamente noticiado, a região de Franca possui o menor número de leitos de UTI para atendimento à população, e isto vem interferindo na rotina da cidade, inclusive com a classificação pelo Estado de São Paulo como fase vermelha, prejudicando o comércio e a população de forma geral.

Para manter o atendimento, o Grupo Santa Casa de Franca solicitou ao Governo do Estado de São Paulo o pagamento da primeira parcela do plano de trabalho (processo SES/PRC 2020/23269) fundamental para a manutenção de suas atividades de combate ao Coronavírus.

Diante deste cenário, solicitamos apoio do Governo do Estado de São Paulo para liberação dos valores referentes aos leitos em processo de contratação SES/PRC 2020/23269 (24 leitos clínicos, 17 leitos de UTI adulto e 05 leitos de UTI infantil) tudo para atendimento dos casos de Covid-19) – que auxiliará também na melhora da classificação da cidade de Franca e consequentemente nas medidas de flexibilização.

Cobrança 

Nesta sexta-feira (3) a deputada Graciela Ambrósio (PL) e o deputado Roberto Engler (PSB) se manifestaram sobre as cobranças que vem sendo feitas junto ao Estado e ao Ministério Público para a habilitação dos novos leitos de UTI e os respectivos custeios para manutenção dos atendimentos de pacientes. 

Prefeitura 

A Prefeitura ainda não se manifestou a respeito do assunto. 

Foto: Reprodução