Maior torneio de futebol de clubes do Continente, a Libertadores da América já tem data pra voltar: 15 de setembro. A competição foi paralisada em março ainda bem no começo, quando tinham sido disputadas apenas duas rodadas da fase de grupos.

Porém, várias questões que envolvem a competição causam preocupação no Brasil e fora dele. E as coisas podem mudar, até setembro, com base na evolução da pandemia. Nos bastidores, a Conmebol sempre deixou claro que o Brasil era um problema, por conta da alta nos casos de Covid. Só que por aqui, mesmo com a falta de controle sobre a pandemia, o futebol começou a ser retomado.

Tudo diferente com o que acontece em alguns vizinhos. Olhe a situação da Argentina, que tem praticamente a mesma população do Estado de São Paulo: cerca de 45 milhões de pessoas. Lá são 100 mil casos de Covid. Enquanto cerca de 400 mil paulistas, ou seja, bem mais, pegaram a doença.

Veja outro exemplo: o Uruguai, com uma população de quase quatro milhões de habitantes, parecida com a do Espírito Santo. Enquanto no país vizinho morreram cerca de 30 pessoas, cerca de dois mil capixabas perderam a vida por conta do coronavírus. 

Números como esses fazem com que muitos tenham medo de jogar no Brasil, por mais que a Conmebol tenha definido vários protocolos de saúde. Além disso, tem os lados técnico e físico.

No Uruguai, os treinos já foram retomados e o campeonato nacional volta nos próximos dias. Mas na região da capital argentina, Buenos Aires, gigantes como Boca e River estão parados há quatro meses, por conta da quarentena. O que fez parte da imprensa local acender um alerta sobre uma possível desvantagem desses times na Libertadores da América.

Um levantamento da agência de logística esportiva OffSide mostra que em pelo menos mais três países os treinos não foram retomados: Bolívia, Chile e Colômbia.

Já na Venezuela, por exemplo, os trabalhos foram autorizados, mas o recente avanço da pandemia virou motivo de preocupação.Enquanto isso, por aqui cada uma leva as coisas do jeito que dá. Principalmente pra quem está na Libertadores, o calendário apertado, com partidas de quarta e domingo, pode virar um problema lá na frente.

Sem falar que alguns estaduais, como o Campeonato Paulista, que será retomado no dia 22, podem encavalar com o Brasileirão. Agora, com as datas marcadas, é aguardar e torcer para que não aconteça em outros lugares o que houve em Santa Catarina, onde casos de Covid entre jogadores provocaram uma nova paralisação do Estadual.

Sem esquecer que, ainda sobre a Libertadores, também representam o Brasil na edição desse ano: Palmeiras, Flamengo, Athletico-PR e a dupla Grenal.

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