Mais uma entidade de classe reagiu e se mostrou insatisfeita com a atuação da administração pública municipal quanto a condução das ações de combate e prevenção ao coronavírus (Covid-19) em Franca (SP).

A Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e Região (Assescofran) assim como a Associação do Comércio Indústria de Franca (ACIF) publicou um manifesto público onde aponta descontentamento com atuação da Prefeitura.

No documento a diretoria da entidade que representa os escritórios de contabilidade reforça a necessidade de melhor cuidado na aplicação dos recursos públicos repassados pelo Governo Federal e Governo Estadual.

O texto diz “a atividade exercida por um contador é de extrema responsabilidade e atenção, e assim como no campo privado, se espera maior zelo daqueles que ocupam cargos públicos e que administram recursos que pertencem a todos e devem ser cuidadosamente geridos em benefício da população”.

A entidade ainda reforça que todas as medidas exigidas foram cumpridas pelos associados e repassadas as orientações as empresas atendidas. Assim como na manifestação feita pelo presidente da Acif, Tarciso Botto, que culpou a gestão do prefeito Gilson de Souza (DEM) pela permanência da região de Franca na fase vermelha (a mais rigorosa) do Plano São Paulo, a Assescofran, também critica a administração da cidade.

“A Assescofran reafirma seu compromisso com cuidado à vida, com todas as precauções necessárias para garantir a segurança de toda classe e a população, mas lamenta profundamente a incapacidade gestora municipal que poderia ter se empenhado mais afim de evitar maiores danos provocados pela pandemia” informa o documento.

Para o presidente da Assescofran, Marcos César Pimenta, “o momento não é só de apontar culpados, precisamos também de união, de buscar juntos uma saída para que Franca volte a ter sua atividade econômica estabelecida. Para isso, os esforços devem ser concentrados nas ações que são necessárias para colocar a cidade na fase mais avançada do Plano São Paulo”.

Veja o documento na íntegra:

MANIFESTO PÚBLICO 

A Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e Região (Assescofran) mantendo seu compromisso de apoio ao empresário, como uma das principais entidades representativas de classe vem a público manifestar o descontentamento com a atuação do Poder Público Municipal quanto as ações de combate e prevenção ao coronavírus (Covid-19) em Franca.

A entidade há mais de três décadas se dedica ao cuidado e preservação pelo patrimônio empresarial, com ética e responsabilidade na busca da prestação de serviços contábeis de excelência com a finalidade de contribuir no desenvolvimento profissional da classe, dos empresários e da sociedade.

A atividade exercida por um contador é de extrema responsabilidade e atenção, e assim como no campo privado, se espera maior zelo daqueles que ocupam cargos públicos e que administram recursos que pertencem a todos e devem ser cuidadosamente geridos em benefício da população.

É evidente que os impactos causados pela pandemia afetaram diretamente as empresas, mas que com medidas emergenciais adotaram todos os protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias como, por exemplo, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS) assumindo seu papel de responsabilidade do combate e prevenção à doença.

A Assescofran cumpriu rigorosamente as medidas e exigências anunciadas em todos os decretos municipais e dados obtidos em pesquisas com associados e não associados revelam que os escritórios de contabilidade não tiveram até o momento nenhum colaborador com teste positivo para coronavírus (Covid-19). Outro dado importante é que 98,2% dos escritórios estão prontos para cumprir normas estabelecidas para retomada das atividades econômicas.

Franca assim como inúmeras cidades recebeu verbas do Governo Federal e Governo Estadual para investimento e preparação de estrutura para a situação de urgência e emergência com atendimento de pacientes com Covid-19.

É notória a ineficácia da gestão pública quanto à utilização dos aportes financeiros na busca de equipamentos e principalmente mais de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) para a assistência necessária à população.

Essa situação manteve a região de Franca que inclui 23 municípios na fase vermelha do Plano São Paulo causando prejuízos incalculáveis a longo prazo para a economia com a perda de empregos e renda.

A Assescofran reafirma seu compromisso com cuidado à vida, com todas as precauções necessárias para garantir a segurança de toda classe e a população, mas lamenta profundamente a incapacidade gestora municipal que poderia ter se empenhado mais afim de evitar maiores danos provocados pela pandemia.

Franca, 14 de julho de 2020

Marcos César Pimenta

Presidente da Assescofran