Noticias
VIRADA DE ANO
Réveillon na Paulista será cancelado devido à pandemia
17/07/2020 19:53
A tradicional festa de réveillon, que reúne todos os anos cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Paulista, foi cancelada nesta virada de ano, de 2020 para 2021. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (17) pelo prefeito Bruno Covas durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul.
A medida tem o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da covid-19 (doença provocada pelo coronavírus). O município ainda estuda novas formas para a realização de outros grandes eventos que acontecem na capital.
"A área da saúde foi preponderante para que a gente tomasse esta decisão. Não há nenhuma possibilidade de se pensar, neste momento, em uma festa que reúna um milhão de pessoas", disse o prefeito Bruno Covas. "Não tem como a gente solicitar que as pessoas evitem aglomeração e a Prefeitura colocar recursos em um evento que junta um milhão de pessoas", destacou.
A realização da virada de ano na Avenida Paulista requer uma organização de, pelo menos, três meses, além de envolver patrocínios, agendas de artistas e pacotes promocionais de hotéis e turismo. Por isso que, neste momento, onde aconteceria a organização de todo o evento, não há como prever com exatidão o comportamento do vírus na cidade.
“Tanto a Prefeitura como o Governo do Estado de São Paulo, e os técnicos da Vigilância Sanitária, entendem muito temerário nos organizarmos um evento para um milhão de pessoas na avenida Paulista para dezembro deste ano. Como é um evento que requer uma organização de pelo menos três meses, nós queremos aqui, com a maior previsibilidade possível, já deixar anunciado que a Prefeitura também não vai organizar o Réveillon da Paulista", disse o prefeito.
Virada on-line
A Prefeitura de São Paulo ainda estuda novas formas para a realização de eventos tradicionais para a cidade, como a Virada Cultural que, neste ano, acontecerá de forma online. A capital segue conversando com os organizadores da Parada LGBT+ e da Marcha para Jesus, que deveriam ter acontecido em junho, mas foram adiados para novembro.
“É uma festa tradicional para o Estado de São Paulo, em especial para a capital, onde Bruno Covas, como prefeito, tem com o governador e o centro de contingência a mesma posição”, disse o governador João Doria.
A decisão de evitar as aglomerações vai ao encontro das recomendações na área da saúde. “Eu queria cumprimentar a Prefeitura. Não é espanto para nós no sentido dos anúncios de suspensão dos grandes momentos de massa. Não é o momento de pensarmos nisso e o Centro de Contingência fica muito mais tranquilo de saber que estamos trabalhando juntos neste sentido, e vamos evitar muitas mortes desta forma”, disse o coordenador do Centro de Contingência do Covid-19/SP, Paulo Menezes.
Questionado sobre a realização do Carnaval de Rua e no Sambódromo do Anhembi, o prefeito afirmou que também dialoga com os envolvidos e até mesmo com outras cidades, para que seja definida uma decisão conjunta.