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Prefeitura presta contas de gastos com a pandemia em Franca

Redação Portal de Franca
21/07/2020 17:37

Atendendo a um pedido dos vereadores, o coordenador municipal de Saúde, Luiz Carlos Vergara, e a comissionada da Secretaria de Saúde, Miziara Assad, compareceram à Câmara Municipal de Franca na manhã de hoje, 21, durante a 21ª Sessão Ordinária. Eles prestaram diversos esclarecimentos sobre os gastos realizados pela Prefeitura com a crise do novo coronavírus.

Vergara pôde apresentar os dados da Prefeitura inicialmente. Ele afirmou que o governo federal disponibilizou 7,5 mil testes rápidos de covid-19 para a cidade de Franca. Apenas 330 foram utilizados porque o protocolo era muito restrito (apenas pacientes sintomáticos e triados pelo médico tinham direito a fazer o teste). Agora, tanto sintomáticos e assintomáticos que procurarem atendimento médico poderão realizá-lo.

Segundo o coordenador, o governo estadual prometeu 20 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Franca, mas até agora não enviou os respiradores. Assim que as vagas forem habilitadas, o município já possui uma verba de R$ 1,44 milhões reservada para custear 10 desses leitos por três meses.

Em seguida, os representantes da Prefeitura atenderam questionamentos dos vereadores Carlinho Petrópolis Farmácia (PL), Donizete da Farmácia (MDB), Corrêa Neves Jr. (PSD), Claudinei da Rocha (MDB), Adérmis Marini (PSDB) e Ilton Ferreira (PL). Respondendo às perguntas, Vergara informou que o governo federal já repassou R$ 9 milhões dos R$ 39 milhões dedicados a repor as perdas causadas pelo vírus.

Já Miziara destacou que as maiores despesas na Secretaria de Saúde têm sido com folha de pagamento. Quanto as verbas recebidas especificamente para o combate ao coronavírus, elas totalizaram R$ 9,3 milhões, sendo R$ 3,774 mi repassados pelo Estado e 5,5 mi aproximadamente, pelo governo federal. Desse montante, já foram gastos até junho desse ano R$ 3 milhões: R$ 1,3 mi com EPIs (equipamentos de proteção individual), 440 mil para a compra de 5 mil testes rápidos e R$ 360 mil para a aquisição de medicamentos respiratórios (como bombas de infusão, respiradores e monitores cardíacos), entre outras destinações.

A Prefeitura utilizou R$ 4,9 milhões de seus próprios recursos no primeiro semestre deste ano para conter a pandemia. O convênio com o Hospital da Caridade, gerenciado pelo IMA (Instituto de Medicina do Além) custou R$ 1,4 mi aos cofres municipais (R$ 200 mil deste foram destinados para o pagamento do aluguel do espaço).

Vergara acrescentou que 23,6 mil testes serão enviados pelo governo estadual, sendo 11,8 mil para serem utilizados na rede de saúde (como nas UBSs – Unidades Básicas de Saúde) e 11,8 mil na população dos bairros (os locais serão escolhidos tendo como base o mapa de contágio do município). Ele também esclareceu que ainda não existe um protocolo na cidade para a utilização de cloroquina e ivermectina, mas ele está em estudos e sendo rascunhado.

Sobre a demora de liberação de vagas na Santa Casa, Vergara disse que há apenas 6 leitos clínicos cadastrados no CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), mas, na verdade, existem 24 vagas. O coordenador acredita que falta “pulso” ao estado para resolver o problema. Ele finalizou informando que ainda há 1049 leitos não habilitados pelo Ministério da Saúde em todo o estado de São Paulo e que, quando há óbitos causados por covid-19, toda a família é orientada.

A fala de Vergara e Miziara pode ser conferida na íntegra pelo Youtube.

Foto: Divulgação