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Vereadores sugerem lockdown parcial e criticam prefeito Gilson

Redação Portal de Franca
28/07/2020 16:45

O aumento de casos, mortes e o flagrante desrespeito as regras de isolamento tem colocado a cidade em situação complicada com relação a pandemia de coronavírus (Covid-19). 

A região de Franca que está na fase vermelha (a mais rigorosa do Plano São Paulo) sofre com a falta de leitos de UTI para adultos e principalmente pela ineficácia das ações políticas da Prefeitura na busca por soluções rápidas que possam contribuir para melhor assistência aos pacientes e ao mesmo tempo assegurar uma possível retomada das atividades econômicas. 

O tema foi um dos principais assuntos debatidos hoje (28) na Câmara Municipal. O vereador Corrêa Neves Jr. (PSD) cobrou iniciativas urgentes sobre a crise causada pelo novo coronavírus em seu discurso na Tribuna. “Não é uma projeção ou estimativa, a situação é de caos. O prefeito Gilson de Souza (DEM) se perde em reuniões inúteis e desculpas esfarrapadas. Enquanto não tivermos coragem, não sairemos da quarentena. Pedimos lockdown já por 15 dias”, declarou.

O modelo de lockdown proposto pelo parlamentar inclui a proibição de vendas de bebidas alcoólicas no período noturno e o fechamento de todo o comércio, exceto farmácias e postos apenas para venda de combustíveis, durante os finais de semana.

A fiscalização deverá ser incrementada com o auxílio da Guarda Civil Municipal e Polícia Militar, além do remanejamento de servidores públicos de outros setores para reforçar a Vigilância Sanitária. Junior também pediu o direcionamento de dois procuradores municipais para lidar exclusivamente com a pandemia e, assim, dar poder e força ao comitê de enfrentamento da cidade. “Tem que fiscalizar, senão não resolve. Precisamos de ações efetivas e urgentes, e não terceirizar a culpa”, finalizou. 

O vereador Marco Garcia (Cidadania) iniciou seu discurso na Tribuna lamentando a morte de Cristiano Silva Rodrigues por covid-19 nessa semana. Ele também pediu lockdown parcial na cidade de Franca. “Chegamos ao momento mais crítico e não dá mais para esperar. Hoje se escolhe quem vai viver e quem vai morrer. Choradeira por lockdown é bem menor do que a choradeira de não poder fazer velório”, posicionou-se.

Outra proposta apresentada pelo parlamentar é a suspensão das sessões presenciais na Câmara Municipal de Franca, como forma a combater a propagação do novo coronavírus. Em aparte, o líder do prefeito na Casa de Leis, o vereador Tony Hill (DEM), informou que irá levar a proposta de lockdown ao Poder Executivo. Por fim, Marco solicitou um minuto de silêncio no Plenário em virtude da morte do empresário Omar Pucci.

O vereador Adérmis Marini (PSDB) cobrou respostas efetivas da Prefeitura para conter a pandemia do novo coronavírus. “Alguma coisa precisa ser feita. Do jeito que está, não dá para continuar. Temos que pensar primeiramente em salvar vidas”, opinou.

Ele criticou o vídeo recente divulgado em que o prefeito Gilson de Souza (DEM) afirmava que não repassou verbas à Santa Casa de Franca por não possuir o número da conta bancária da instituição.

“Isso cria ruído na sociedade, que quer segurança. O Executivo tem que ter competência e coragem para assumir responsabilidade e resolver a situação”, afirmou. Adérmis também recriminou a forma como a Prefeitura está gerenciando financeiramente a crise, não encaminhando à Santa Casa os R$ 1,4 milhão aprovado pela Câmara em abril, e gastando apenas R$ 3 milhões de um total de R$ 9,3 mi recebidos dos governos estadual e federal.

O discurso dos vereadores pode ser assistido na íntegra pelo Youtube e Facebook.

Foto: Divulgação