O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) decidiu enfrentar a determinação do Estado e vai autorizar o retorno das atividades econômicas a partir deste sábado (6) mesmo após a permanência da região na fase vermelha do Plano São Paulo.

Nessa etapa somente serviços essenciais podem atender de forma presencial. O anúncio da manutenção de Franca e outras duas regiões na fase mais restrita foi feito hoje a tarde (5) pelo governador João Doria (PSDB).

Alexandre tomou a decisão após se reunir com representantes da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e Sindicato do Comércio Varejista.

De acordo com o prefeito, será publicado no Diário Oficial de amanhã (6), um decreto estabelecendo os critérios para a flexibilização, visando o funcionamento do comércio.

"Se lá atrás, tivessem tido atitude, de verdade, Franca estaria em uma situação bem melhor. Mas fomos eleitos para resolver problemas e é o que estamos fazendo" disse Alexandre.

Segundo o prefeito o número de leitos de UTI, passou de 60 para 113 leitos, contado com os 8 instalados no Pronto-Socorro. Além disso, mudanças foram realizadas no atendimento do Pronto-Socorro, inclusive a compra de oxigênio, a realização de mais testes, reforço na fiscalização e a criação da Central de Monitoramento de pacientes em recuperação domiciliar.

"Nestes últimos dias, a população nos ajudou e conseguimos reduzir os índices de transmissão da doença e de casos confirmados.  Mas ainda há muito para reduzir", disse.

Apesar da flexibilização, Alexandre enfatizou "quero deixar bem claro que construímos isso junto com os setores produtivos. Se os índices piorarem, teremos que restringir. É indispensável que cada pessoa também faça a sua parte’.

RISCO JURÍDICO 

Outros prefeitos já tentaram e enfrentaram o Estado não respeitando as decisões impostas pelo Plano São Paulo e foram obrigados a recuar por decisões judiciais.

O caso mais recente foi a prefeita de Bauru, Suéllen Rossim, que autorizou a abertura de atividades econômicas contrariando o Governo e foi obrigada a voltar a tomar as restrições por ordem do Tribunal de Justiça (TJ).

Foto: Arquivo