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Franca registra 75 empresas fechadas em 40 dias de 2021, diz Assescofran

Redação Portal de Franca
15/02/2021 19:06

A Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e Região (Assescofran) divulgou os resultados recentes de uma pesquisa feita com o setor e que apontam os dados sobre o cenário da economia local.

Os números revelam que 75 empresas fecharam dentro de um prazo de 40 dias em 2021.  E outra informação importante é que nesse período, pelo menos 15 dias, a região se manteve classificada na fase vermelha do Plano São Paulo, a etapa que permite apenas os chamados serviços essenciais.

Os comércios que não se enquadram como ‘essenciais’ pela avaliação do Estado foram os mais afetados.  O presidente da Assescofran, Marcos César Pimenta, disse ‘isso é um reflexo do ano passado e com essa nova paralisação ocorreu esses fechamentos’

Ele ainda acrescentou ‘os comércios não estão na sua plenitude, o seu faturamento sempre caindo de 50% a 70% com essa de não abrir as portas

Outro número preocupante é que foram registradas 824 demissões nesse mesmo período, e o levantamento ainda aponta que 47,8% foram rescisões contratuais.

‘São bares, restaurantes, empresas de alimentação que estão trabalhando em redução, como estão sendo limitados, não tem como segurar os funcionários’ enfatizou.

Ele lembra que mesmo os sistemas alternativos com Drive Thru, Delivery e Take Away, não são suficientes para manter a solidez de algumas empresas. “Talvez a loja que tinha cinco vendedores, agora tem três ou dois’ disse Marcos.

As constantes mudanças do chamado ‘abre e fecha’ ou imposição de restrições agravam a situação de muitos comerciantes e empresários. ‘As empresas tentaram o máximo não fazer as demissões para não causar o impacto na economia. Tentou fazer férias, alguns sindicatos fizeram acordos para tentar manter os funcionários, mas a maioria dos comércios não conseguiu’.

Vale lembrar que a pesquisa feita pela Assescofran avalia os dados respondidos de forma espontânea pelos escritórios de contabilidade. Nesse levantamento, foram 52 participantes e os dados servem como amostragem da situação econômica.

‘As empresas estão paradas, não deram baixa no CNPJ, não estão faturando e estão fazendo nada.  É o um número que extrai o real do que vai acontecer, porque a gente sabe que existe um trâmite burocrático para o fechamento da empresa. Para baixar e essa informação chegar aos órgãos públicos demora um tempo, e esse número pode ser maior, talvez uns 20% a mais em média’ explicou.

Se por um lado houve fechamento de 75 empresas, por outro, foram 120 novas empresas que surgiram segundo os dados da pesquisa. Mas esse número pode não se concretizar, segundo a Assescofran. São trabalhadores demitidos que estão tentando novos negócios e no mesmo segmento.

Marcos explica ‘tem dois fatores nessa situação, um deles é que são empresas de funcionários que foram demitidos e estão abrindo negócio, pegando os valores e tentando abrir um novo negócio, principalmente em MEI (Microempreendedores Individuais) e quase não terão funcionários, e outro fator, é que são negócios não essenciais. E se não acontecer a liberação dos comércios elas podem fechar’.

Foto: Reprodução