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Câmara aprova duas comissões que podem resultar na cassação de Gilson

Redação Portal de Franca
03/03/2020 19:00

A Câmara Municipal de Franca abriu duas comissões processantes contra o prefeito Gilson de Souza (DEM) na manhã de hoje, 03. O primeiro pedido de investigação, aprovado por 10 votos a 4, foi protocolado por munícipe na semana passada. A solicitação alega que o chefe do Poder Executivo Municipal descumpre a Lei Orgânica do município ao não repassar as verbas do Orçamento Impositivo às entidades (veja mais aqui: https://franca.sp.leg.br/noticias/2020/02/plenario-vota-abertura-de-duas-comissoes-processantes).

O Plenário também deu o sinal verde à abertura de uma segunda comissão processante, também solicitada por munícipe na última semana. A denúncia declara que Gilson se recusa a demitir os comissionados da Prefeitura, mesmo após ter sido obrigado a fazê-lo por sucessivas decisões judiciais (inclusive pelo Supremo Tribunal Federal). Inicialmente, o placar de votação ficou empatado (7 votos a 7). Nesses casos, o desempate cabe ao presidente da Casa de Leis francana, o vereador Pastor Palamoni, o qual votou pela abertura da comissão.

A formação das comissões foi definida por sorteio. A investigação referente ao Orçamento Impositivo será presidida por Marco Garcia (Cidadania), sendo Tony Hill (PSDB) o relator e Della Motta (Podemos) o terceiro membro. As suplências ficaram a cargo de Carlinho Petrópolis Farmácia (MDB), Cristina Vitorino (Republicanos) e Ilton Ferreira (DEM).

Já a comissão que investigará o caso dos comissionados será composta pelos parlamentares Claudinei da Rocha, do PSB (presidente), Pastor Otávio Pinheiro, do PTB (relator) e Donizete da Farmácia, do PSDB (terceiro membro). Os suplentes serão Corrêa Neves Jr. (PSD), Arroizinho (MDB) e Nirley de Souza (PP).

O rito processual é o mesmo para ambas as comissões processantes. O prefeito é notificado no prazo de cinco dias para a elaboração de sua defesa prévia, a qual, por sua vez, deve ser apresentada em até dez dias depois da notificação. Assim que analisar a defesa prévia, a comissão emite parecer dentro de cinco dias, podendo decidir pelo prosseguimento ou pelo arquivamento da denúncia. Se a primeira opção for a escolhida, o processo passa para a fase de instrução, caracterizada pelo depoimento do denunciado e inquirição de testemunhas.

Concluída a instrução, o denunciado apresentará suas razões escritas no prazo de cinco dias. Em seguida, a comissão emitirá parecer final, decidindo-se pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará a convocação de sessão para julgamento. O julgamento pode condenar e afastar o denunciado ou absolvê-lo. Para condenar, é preciso dois terços dos votos da Câmara. O processo tem prazo de 90 dias para ser concluído, contados da data em que o prefeito for notificado.

“O prefeito já falou diversas vezes que ele não concorda com essa lei. É um direito dele, mas ele tem o dever de cumprir. Lei você não discute, você cumpre. O prefeito está numa situação difícil, porque não sei qual a justificativa que ele vai dar por não ter pago essas instituições. Elas apresentaram planos de trabalho e estão aptas a receber esse recurso. Mas essa verba não veio”, comentou o parlamentar Marco Garcia.

“Estamos aguardando um documento do presidente da Câmara oficializando este ato, me colocando como presidente da Comissão. Assim que eu o receber, vou me reunir com os demais membros e com o departamento Jurídico da Câmara para iniciarmos o processo. Nós, como vereadores, iremos fiscalizar, analisando item por item, fazendo algumas oitivas para deixar bem claro à população se houve erro ou não”, declarou o vereador Claudinei da Rocha.

A formação das comissões pode ser acompanhada na íntegra pelo Youtube (link: https://youtu.be/NtNovjaqwIA?t=1476) e pelo Facebook (link: https://www.facebook.com/camaradefranca/videos/825973924544930/).