Noticias

FOGO

Queimadas deixam 14 mil pessoas sem energia na região

Redação Portal de Franca
16/09/2019 13:18

As queimadas em áreas rurais e os incêndios em terrenos baldios, que se tornam mais frequentes com o início do período seco do ano, podem atingir as redes de transmissão e distribuição de energia elétrica e colocar em risco o fornecimento para todos os consumidores.

Somente em agosto, cerca de 14 mil clientes das distribuidoras do grupo CPFL tiveram seu abastecimento interrompido por conta de ocorrências relacionadas ao fogo. As empresas CPFL Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Santa Cruz registraram, juntas, 192 incidentes do tipo no mês, em 87 cidades das suas áreas de concessão.

A cidade de Araraquara foi a mais impactada, com nove interrupções que afetaram 5,4 mil clientes. Em seguida, está Taiuva, onde 2 mil consumidores ficaram ser energia após três ocorrências de queimadas próximas à rede elétrica.

Prejuízos diversos. Quando queimadas ocorrem no período de estiagem, a baixa umidade, a vegetação ressecada e os ventos fortes podem alimentar o fogo que, por sua vez, acaba atingindo os cabos elétricos e provocando prejuízos para a população, empresas e estabelecimentos comerciais.

Um incêndio mal controlado é capaz de provocar desde pequenos cortes no fornecimento de energia, conhecidos como piscas, até grandes desligamentos.

O calor do fogo, mesmo quando não atinge diretamente a rede, também provoca curtos-circuitos, interrompendo o abastecimento de cidades inteiras. O ar quente e a fuligem gerados pelas queimadas pode ainda danificar os equipamentos do sistema.

“É importante que a população esteja ciente dos riscos ambientais, materiais e para a saúde relacionados aos incêndios descontrolados, além dos impactos para a rede de distribuição de energia elétrica. A CPFL Energia, com a campanha Guardião da Vida, alerta para os cuidados necessários na manipulação do fogo e traz dicas para evitar maiores problemas”, afirma o gerente de Saúde e Segurança da empresa, Marcos Victor Lopes.

Legislação sobre queimadas. Proibidas em algumas áreas municipais, as queimadas são autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sob critérios técnicos, com o uso de aceiros, que impedem a propagação do fogo além dos limites estabelecidos. Ao receber a autorização, o proprietário da área é instruído sobre a melhor maneira de executar o trabalho. O Ibama também distribui material educativo nos locais onde a prática é usual.

Uma das medidas que devem ser respeitadas pelos produtores no cultivo é o respeito às faixas de servidão, que são os corredores de 30 ou 40 metros de largura localizados embaixo das linhas de transmissão, nos quais não é permitido o plantio. Também existem decretos estaduais que regulamentam a queima controlada como fator de produção e manejo em atividades agrícolas, proibindo a prática próxima a instalações elétricas e de telecomunicação.

Vale lembrar também que, para evitar a incidência de focos de incêndio, soltar ou fabricar balões é considerado crime ambiental pela Lei Federal nº 9605/98. O infrator está sujeito a uma pena de um a três anos de detenção, além de ser multado.