Em meio à nebulosa compra da vacina indiana Covaxin, investigada pela CPI da Covid no Senado, ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, suspende temporariamente o contrato.
O anúncio foi feito na tarde de terça-feira, mesmo dia em que a intermediária do negócio, Precisa Medicamentos, pediu à Anvisa autorização para uso emergencial do imunizante do laboratório Bharat Biotech.
Também ocorre um dia após o Supremo Tribunal Federal acatar notícia-crime contra o presidente Bolsonaro, que pode ser investigado por prevaricação, que envolve má-fé, ética e moral por parte de servidor público.
A Controladoria Geral da União tem ao menos 10 dias para analisar o caso, mas o contrato permanecerá suspenso até o término da investigação. A compra da Covaxin é questionada pela rapidez com que recebeu autorizações dos órgãos governamentais, e levantou indícios de irregularidades e suspeita de corrupção.
O Brasil aceitou pagar 15 dólares por dose da vacina Covaxin, enquanto outros fármacos contra a Covid-19, como os da Janssen e da Pfizer custaram 10 dólares. E a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, custou menos de 6 dólares por dose.