A Anvisa suspendeu nesta terça-feira (28), a importação da vacina indiana contra o coronavírus Covaxin, que tinha sido solicitada pelo Ministério da Saúde.

A decisão de suspender foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de forma unânime. No último sábado, o processo sobre o pedido de uso emergencial do imunizante no nosso país já tinha sido encerrado pela Anvisa.

Há alguns dias, a Bharat Biotech, fabricante da vacina, informou que a empresa Precisa Medicamentos não tem mais autorização para representar a empresa indiana no Brasil.

A Anvisa explicou que a ruptura do acordo entre Precisa e Bharat fez com que a Covaxin ficasse sem representante nacional.

Como o pedido de uso emergencial havia sido protocolado pela Precisa, com o distrato entre as duas empresas, a Agência cancelou as análises sobre o uso emergencial do imunizante.

Agora, o processo relacionado à importação também está suspenso e, segundo a Anvisa, essa suspensão fica mantida até que “sobrevenham novas informações que permitam concluir pela segurança jurídica e técnica da manutenção da deliberação que autorizou a importação”.

Em trecho de uma nota pública, a Anvisa também esclareceu que a decisão levou em conta ainda notícias de que documentos ilegítimos podem ter sido juntados ao processo de importação, o que pode impactar as conclusões quanto aos aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina a ser utilizada na população nacional.

A agência reguladora havia permitido a importação excepcional e temporária da vacina Covaxin no começo de junho, mas nenhuma dose do imunizante chegou ao país.

O Brasil chegou a empenhar R$ 1,6 bilhões para a aquisição de 20 milhões de doses do imunizante, contrato que virou, inclusive, alvo de investigações CPI da Covid no senado, por suspeitas de irregularidades.

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