Depois de manobra com votação simbólica na Comissão Mista de Orçamento, o Orçamento 2022 foi aprovado no plenário da Câmara e garantiu R$ 4,8 bilhões para as campanhas eleitorais.

O valor proposto inicialmente era de R$ 5,7 bilhões, mas foi reduzido em acordo do relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), com a base do governo. Como contrapartida, os policiais ficaram com R$ 1,7 bilhões para o aumento salarial no ano que vem.

A medida desencadeou uma crise no funcionalismo, com pedido de demissão em massa de auditores da Receita Federal, em protesto contra o aumento.

A categoria teve corte na destinação orçamentária para os sistemas da Receita e bônus de eficiência dos servidores. Mesmo com a redução, o Fundo Eleitoral terá R$ 3 bilhões a mais do que o destinado na última eleição, em 2018, de R$ 1,7 bilhões.

A verba é vinculada ao orçamento do Tribunal Superior Eleitoral, e corresponde a 25% da soma dos orçamentos de 2021 e 2022.

Esse dinheiro é usado para financiamento legal das campanhas. Desde 2015, o Supremo Tribunal Federal proibiu doações de empresas privadas para os candidatos.

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