Noticias

SAÚDE

Variante Ômicron: entenda a diferença e o que fazer para se proteger; Veja!

Redação Portal de Franca
29/12/2021 07:52

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que há circulação da variante Ômicron em Franca. Os três primeiros casos positivos foram divulgados após sequenciamento genético realizado pelo Instituto Butantã de amostras encaminhadas pela Vigilância Epidemiológica Municipal.

De acordo com o boletim, os pacientes são 02 mulheres e 01 homem, com início dos sintomas entre os dias 15 e 16 de dezembro. As coletas foram realizadas entre os dias 16 e 18, todos estão com sintomas leves e sendo tratados em casa.

As confirmações de Ômicron servem de alerta quanto a necessidade de manutenção dos cuidados com a prevenção com a higienização das mãos, uso de máscaras e distanciamento social.

Paralelo as orientações que já foram intensamente divulgadas, Franca avança na vacinação contra Covid-19 sendo que mais de 600 mil doses já foram aplicadas e o calendário prossegue com atendimento de vários públicos e locais de imunização. Veja aqui onde se vacinar.

O ano de 2021 será encerrado mais uma vez com a preocupação com avanço da pandemia e ano novo chega cercado de incertezas sobre o fim da crise sanitária.

VARIANTES COVID-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou pelo menos três cepas que foram classificadas como ‘variantes de preocupação’ que provocam aumento da gravidade, transmissibilidade, redução de resposta na estrutura genética sendo elas; Gama, Delta e Ômicron.

Além dessas, foram identificadas também duas variantes do vírus sars-cov2 que foram consideradas como ‘variantes de interesse’ pois são menos infecciosas que as demais. São elas;  Lambda (C.37) identificada em julho no Peru e a Mu (B.1.621) com contágio identificado na Colômbia.

ENTENDA AS DIFERENÇAS ENTRE AS VARIANTES

GAMA

– Foi identificada em novembro de 2020 no Brasil e representou uma nova onda de contágios em países vizinhos como, por exemplo, Venezuela, Bolívia, Peru e Paraguai.

Manaus foi o Estado que sofreu maior impacto devido ao avanço da variante P1 e com a falta de suprimentos para atendimento de pacientes.

SINTOMAS - Os principais sintomas da variante são febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.

DELTA

-  A delta (B.1.617.2) foi identificada em outubro de 2020 na Índia e considerada variante de preocupação em maio de 2021 pela OMS.

Com oito mutações na proteína S (spike) - que conecta o vírus às células - a delta é até 50% mais contagiosa que a cepa original do vírus.

Além disso, é capaz de driblar a resposta imune de algumas vacinas que se baseiam no princípio de RNA mensageiro, como as fórmulas da Pfizer e Moderna. Por isso, rapidamente tornou-se predominante no Brasil e no mundo. 

SINTOMAS - Os principais sintomas são coriza, dor de cabeça, espirros, dor de garganta, tosse persistente e febre

ÔMICRON

- A última cepa identificada do vírus possui cerca de 50 alterações no padrão genético - o maior número já identificado -, sendo 32 mutações na proteína S, o que fez com que em apenas duas semanas do seu reconhecimento, a OMS a declarasse como variante de preocupação. 

Em menos de um mês, a ômicron tornou-se a cepa predominante no Reino Unido e nos Estados Unidos.

SINTOMAS - Os sintomas mais comuns seriam cansaço extremo, dores no corpo, dor de cabeça e dor de garganta.

PROTEÇÃO E PREVENÇÃO - GRIPE E COVID 

Testes laboratoriais podem ajudar a diferenciar casos de covid-19 ou de gripe comum e possibilitar o tratamento e o monitoramento adequado dos pacientes. Ambas doenças apresentam sintomas semelhantes, sobretudo nos primeiros dias, o que dificulta o diagnóstico clínico.  

Tosse, dor de cabeça, febre muscular, dor de garganta, coriza, vermelhidão nos olhos, olhos lacrimejantes. Todos são sintomas que podem ocorrer tanto nos casos de gripe como nos de covid-19. Os tratamentos, no entanto, são diferentes.

Segundo o patologista clínico Helio Magarinos, diretor-médico do Richet Medicina e Diagnóstico (RJ) e presidente regional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial do Rio de Janeiro, a grande maioria dos casos de gripe se resolve sozinha. Já a covid-19 precisa ser monitorada, uma vez que os pacientes podem apresentar recaídas ou casos bastante graves.

Para o infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Helio Bacha, é importante garantir que todos os pacientes sejam testados ao menos para covid-19. “É importante que o teste de covid-19 esteja disponível para todo mundo”, diz. “Elas [as doenças] têm histórico clínico diferente ao longo do tempo, mas os primeiros sintomas são muito parecidos, não dá para diferenciar: dor no corpo, mal-estar, febre, sintomas de resfriado, rinite. Em alguns casos, temos na covid-19 uma evolução mais grave na segunda semana.”  

Além dos testes específicos voltados para a identificação de covid-19, laboratórios passaram a oferecer um novo teste, o covid multiplex, que utiliza a técnica de RT-PCR para detectar, além do vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, os vírus da influenza A e da influenza B, que são os dois principais causadores da gripe, e o Vírus Sincicial Respiratório, também conhecido pela sua sigla em inglês, como RSV, que atinge principalmente as crianças menores de 2 anos. O resultado do teste é liberado em até 48 horas e é realizado em raspados de nasofaringe, coletados através das narinas.

CUIDADOS 

Para se prevenir das duas doenças, é importante continuar a adotar medidas de prevenção contra vírus respiratórios, como usar máscara, evitar aglomerações e ambientes fechados e higienizar as mãos com frequência. Outro ponto importante é não sair de casa com sintomas de gripe.  “A epidemia não se espalha sozinha. É a gente que transmite”, disse a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Flávia Bravo. 

Foto: Reprodução