Seis em cada 10 trabalhadores informais no Brasil fazem “bicos” para sobreviver. É o que revela o estudo “Retrato do Trabalho Informal no Brasil: desafios e caminhos de solução”, conduzido pelo Instituto Veredas.

A pesquisa, que partiu da análise dos dados da PNAD Contínua do IBGE, contatou que mais de 19,6 milhões de brasileiros sobrevivem com os trabalhos conhecidos como “bicos”, o que equivale a cerca de 60% do universo de mais de 30 milhões de pessoas que não ocupam vagas formais no mercado de trabalho brasileiro.

Uma situação que, além de travar o crescimento do país, causa angústia a milhares de famílias. Ainda de acordo com o estudo, os brasileiros que sobrevivem fazendo bico são, na maioria, homem, jovem, preto e de baixa escolaridade.

Além desses que vivem de bicos, classificados no estudo como informais de subsistência, a pesquisa dividiu os informais em outros 3 tipos: os informais com potencial produtivo, que são os trabalhadores que não são formalizados por conta dos custos envolvidos para o empregador ou pela falta de oportunidades e são 16 em cada 100; os informais por opção, que, como o próprio nome sugere, são aqueles que poderiam se formalizar mas escolhem ficar na informalidade para ampliar suas receitas e são 2 em cada 100 e, por último, somando 21% dos informais, os profissionais classificados como formais frágeis – eles têm CNPJ ou carteira de trabalho assinada, mas com contratos intermitentes e nem todos os direitos de um trabalhador formal garantidos.

Outro ponto do estudo conduzido pelo Instituto Veredas que vale destacar é o recorte regional, que revela que as regiões Norte e Nordeste lideram em quantidade de profissionais sem carteira assinada.

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