A Tribuna Livre foi novamente utilizada na manhã de ontem, 12, durante a 11ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, para obter auxílio face a pandemia do novo coronavírus. O empresário Carlos Eduardo de Souza, representando os proprietários de academias, pediu a reabertura dos estabelecimentos.

Ele, primeiramente, apresentou os benefícios da atividade física, que aprimora o sistema imunológico, por exemplo. Souza também relatou as dificuldades financeiras que os donos de academias estão passando. “Eles estão com alugueis atrasados, dispensando funcionários e declarando falência. São anos de sonho e, hoje, muitos estão perdendo seus negócios”, comentou Carlos, adicionando que os empresários não se enquadram nos benefícios disponibilizados pelo governo.

Souza propôs a reabertura de academias segundo algumas normas de segurança. Entre elas, estão: o uso constante de álcool em gel; tapete com desinfetante na entrada e saída de alunos; desinfecção das dependências de duas a três vezes ao dia; uso de máscaras; limitação de quantidade de clientes; e acesso vetado a alunos de grupos de risco ou idosos.

Os vereadores Ilton Ferreira (PL), Adérmis Marini (PSDB), Marco Garcia (Cidadania), Pastor Otávio Pinheiro (PTB), Corrêa Neves Jr. (PSD), Tony Hill (DEM) e Cristina Vitorino (Republicanos) manifestaram apoio a Carlos. Tony, que é o líder do prefeito Gilson de Souza (DEM) na Câmara, se prontificou a mediar a situação e agendar uma reunião junto ao Poder Executivo Municipal.

Decreto 

Decreto do presidente Jair Bolsonaro que inclui os salões de beleza, barbearias e academias de ginástica na lista de serviços essenciais será desconsiderado em boa parte do País. As atividades tinham sido liberadas anteriormente pelos governos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mas pelo menos outros 14 estados brasileiros e o Distrito Federal pretendem manter os estabelecimentos fechados, como medida de prevenção ao avanço da Covid-19. São contra a reabertura os governos de Alagoas, Amapá,  Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.

Já o Espírito Santo e o Rio Grande do Norte tinham permitido o funcionamento de salões de beleza e barbearias, mas decidiram que as academias de ginástica vão continuar fechadas. Os governos de Minas Gerais e do Tocantins informaram que a liberação ou proibição deverá ser decidida pelos municípios.

O Supremo Tribunal Federal definiu, em abril, que os Estados e municípios têm o poder de estabelecer políticas de saúde, o que inclui questões de quarentena e de classificação de serviços essenciais.

Leia mais 

- Motoristas protestam após demissões e salários atrasados em Franca

- Santa Casa é criticada por negar atendimento, mas terá mais verbas para leitos da ala de Covid-19

- Unesp de Franca arrecadou alimentos em prol de famílias carentes

Foto: Divulgação